SETE
ANOS NO TIBET (Jean-Jacques Annaud).
O famoso alpinista austríaco Heinrich Harrer, interpretado por Brad
Pitt, parte em busca do impossível: escalar um dos picos mais altos
do Himalaia, o Nanga Parbat. Egoísta, visando somente a fama e a
glória, experimentou a maior emoção de sua vida ao embaraçar
nesta fantástica jornada. Capturado pelos ingleses, tornou-se
prisioneiro em plena Segunda Guerra Mundial. Harrer conseguiu fugir e
sua difícil aventura permitiu-lhe um encontro máximo com o jovem
Dalai Lama (Kundun). Durante sete anos no Tibet, ele viveu uma
profunda amizade que o fez despertar para a mais bela generosidade.
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
DANÇANDO COM O DIABO (Jon Blair).
Documentário sobre a guerra contra o tráfico de drogas que assola o
Rio de Janeiro há anos. De um lado, os traficantes, oriundos das
classes mais baixas de uma sociedade decadente, que não lhes oferece
oportunidades dignas de vida. De outro, o Estado e a Polícia, que
investem pesado em armas e equipamentos de guerra para combaterem o
tráfico de drogas, sem nunca conseguirem pôr fim à atividade, e
revelam agentes despreparados técnico e emocionalmente. Como saldo,
temos a morte de milhares de seres humanos de ambos os lados e também
de moradores das favelas. No meio dessa dança, que envolve não só
troca de tiros, mas também negócios escusos, um Pastor tenta salvar
vidas e almas, mediar conflitos e pacificar lados. Sem disfarçar
identidades, o documentário penetra num conflito que gera uma das
taxas de mortandade mais elevadas do mundo. E mostra como o tráfico
e a religião ocupam o espaço da ausência estatal em comunidades
carentes.
sábado, 23 de novembro de 2013
QUEM
MATOU PIXOTE? (José Joffily).
O filme conta a história de Fernando Ramos da Silva, o ator-mirim
que interpretou o papel-título no filme “Pixote, a Lei do Mais
Fraco”. Após o curto período de sucesso que teve durante a
infância, Fernando Ramos da Silva, já adolescente, não conseguiu
mais trabalho como ator, se desesperou e acabou se enveredando pelo
crime, como o personagem que interpretou. Acabou sendo covardemente
assassinado por policiais em 1987, quando tinha apenas 19 anos.
QUASE
DEUSES (Joseph Sargent).
O filme conta a história real de Viven Thomas e Alfred Blalock,
responsáveis pela primeira cirurgia feita no coração - antes disso
o órgão era visto como algo intocável pela medicina. Viven é um
hábil marceneiro negro que na década de 30 foi demitido após a
grande depressão americana. Ele sonha em cursar uma faculdade de
medicina e se tornar médico. Entretanto, o máximo que consegue para
se aproximar da universidade é ganhar um emprego modesto do Dr.
Alfred, um médico ambicioso que testa suas técnicas em animais para
poder fazer a diferença e se sobressair perante os outros
pesquisadores da área médica. Viven, dessa forma, passa a cuidar
dos animais utilizados nas experiências do Dr. Alfred. Este logo
percebe que seu ajudante tem uma inteligência privilegiada e que
poderia ser melhor aproveitado. Os dois acabam fazendo um parceria
incomum e às vezes conflitante, pois Viven nem sempre era lembrado
quando conseguiam criar uma técnica, já que não era médico. O
filme é uma lição de humanidade e humildade. Mostra que a
ignorância e o preconceito racial podem ter castrado bons
profissionais que fariam diferença, caso tivessem tido uma chance.
QUANTO
VALE OU É POR QUILO? (Sérgio Bianchi).
Trata-se de um filme inovador, misto de documentário e ficção, que
retrata as mazelas e contradições de um país em permanente crise
de valores e revela que a escravidão não acabou em nossa história:
apenas deixou de ser explícita. A “exclusão social” é seu
sinônimo velado. O filme desenha um painel de duas épocas
aparentemente distintas, mas, no fundo, semelhantes na manutenção
de uma perversa dinâmica sócio-econômica, embalada pela corrupção
impune, pela violência e pelas enormes diferenças sociais. No
Século XVIII, época da escravidão explícita, os capitães do mato
caçavam negros para vendê-los aos senhores de terra com um único
objetivo: o lucro. Nos dias atuais, o chamado Terceiro Setor explora
a miséria, preenchendo a ausência do Estado em atividades
assistenciais, que na verdade também são fontes de muito lucro. Com
humor afinado, o filme mostra que o tempo passa e nada muda. A
crítica às milhares de entidades assistenciais, ONGs e associações
espalhadas por todo o Brasil é muito forte. De acordo com o filme,
com o que essas associações gastam em aluguel, manutenção das
propriedades, taxas municipais, estaduais e federais, montagem de
escritórios, salários de pessoal, viagens de avião, computadores,
diárias de hotéis, contas de restaurantes, táxis, mídia,
propaganda, jingles e agências de publicidade, seria possível, se
não solucionar definitivamente, ao menos resolver em boa parte os
problemas para os quais foram criadas. Entretanto, esse dinheiro só
serve para promover reuniões, debates, congressos e transformar os
excluídos em meros dados cadastrais ou números estatísticos e nada
mais. O que vale é ter liberdade pra consumir. Essa é a verdadeira
funcionalidade da democracia, segundo o filme. A regra econômica e
as relações econômicas prevalecem sobre qualquer tipo de relação
humana e estão acima do ser humano. É triste perceber, ainda, que
os excluídos não conseguem encontrar formas não violentas para
superar a situação, apelando, frequentemente, para a reação
violenta contra os privilegiados, gerando um ciclo de violências sem
fim que simplesmente não resolve nada, só piora as coisas.
PROIBIDO
PROIBIR (Jorge Durán).
Um retrato do Brasil e da juventude brasileira. O filme conta a
história de três universitários que se vêem envolvidos pela
violência que existe no Brasil. Léon é gravemente ferido quando
tenta salvar a vida de um menino que testemunhou um assassinato
cometido por policiais. Ajudado por Letícia, Paulo, estudante de
medicina, o opera em casa e lhe salva a vida. A dolorosa experiência
aprofunda os laços de amizade do trio e une finalmente Paulo e
Letícia, amor até o momento nunca realizado.
PRECIOSA
(Lee Daniels).
Clarice Preciosa Jones é uma adolescente de 16 anos que mora na Nova
York de 1987, no bairro do Harlem. Negra, obesa, pobre e suburbana,
ela passa por uma série de privações. Desde bebê, ela é
violentada sistematicamente pelo pai e abusada pela mãe. Cresce
conformada, irritada e sem qualquer tipo de amor. É mãe de uma
filha do seu próprio pai, sendo esta portadora de síndrome de Down.
Quando ela engravida pela segunda vez do seu próprio pai, a escola
que frequenta decide suspendê-la. A diretora, entretanto, indica a
ela uma escola alternativa, que possa ajudá-la a superar suas
dificuldades. Lá, sob os cuidados de uma sensível professora,
Preciosa descobre a importância da educação, que passa a exercer
uma força redentora em sua vida. Descobre ainda o poder da amizade e
o poder do amor que sente por seus filhos. Tudo o que ela mais
deseja, agora, é poder dar aos filhos o que ela não teve. O filme
promove uma denúncia da dura realidade da exclusão social, da falta
de perspectivas e do descaso de órgãos públicos. Mas é também um
louvor a tantos que lutam no anonimato contra adversidades interiores
e exteriores, fazendo de suas vidas um exemplo de resiliência.
POR
AMOR (David Hollander).
O filme traz a história de um jovem atormentado pela morte de sua
irmã, que busca vingança ao menos pelos caminhos da Justiça Penal.
Nas idas ao Fórum, onde acompanha rigorosamente as sessões do
processo movido contra o suspeito do assassinato, ele conhece uma
mulher mais velha que, assim como ele, traz feridas emocionais na
alma e também busca por Justiça. As dores que ambos sentem acabam
por aproximá-los e, em pouco tempo, eles deixam de ser apenas duas
pessoas estranhas e passam a ter um significado maior na vida um do
outro. É uma bonita história sobre superação da dor da perda.
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
PODER
ALÉM DA VIDA (Victor Salva).
Inspirado em uma história real, o filme conta a história de Dan
Millman, um talentoso ginasta que sonha com o ouro olímpico. Ele tem
tudo: troféus, amigos, festas, aventuras e belas garotas.
Entretanto, seu mundo vira de cabeça para baixo quando conhece um
misterioso e surpreendente empregado de uma loja de conveniências,
que assume o papel de um mestre em sua vida. Após sofrer um acidente
de moto, Dan descobre que ainda há muito a aprender e muito mais
para deixar para trás, antes de se tornar um “Guerreiro da Paz”
e encontrar o seu caminho. Aprende, sobretudo, que a felicidade e a
paz não são um fim, mas são o próprio caminho. E acaba
redescobrindo o amor pelo esporte no simples ato de praticá-lo e não
nas ilusões e frustrações das competições e medalhas. É uma
comovente história sobre o poder do espírito humano.
PIXOTE,
A LEI DO MAIS FRACO (Hector Babenco).
Clássico nacional dos anos 80, o filme conta a história de um
menino abandonado por seus pais que vive na marginalidade. Trata-se
de um retrato da realidade de muitas crianças e adolescentes no
Brasil que, diante da escassez de oportunidades, do abandono por
parte da família e do descaso e abuso por parte das autoridades
públicas, escolhem trilhar a vida do crime. Pixote torna-se
traficante de drogas, cafetão e assassino, com apenas onze anos de
idade.
PEQUENA
MISS SUNSHINE (Jonathan Dayton / Valerie Faris).
O
filme conta a história de uma família de classe média
norte-americana, desestruturada e em crise. Richard é o pai dessa
família. Ele se considera um guru de auto-ajuda. Escreveu um livro
com nove passos para quem deseja alcançar o tão sonhado “sucesso
americano”, embora ele mesmo seja um “perdedor” para os moldes
de seu país. Ele sonha em conseguir publicar o livro, ficar famoso e
ser convidado para palestras e seminários importantes. Mas nem mesmo
sua própria mulher acredita muito em seu talento. Seu pai é um
velho desagradável e viciado em heroína, que foi expulso do asilo.
Ele tem a mania de fazer comentários indecentes e inconvenientes nas
horas mais impróprias. Seu cunhado é um professor universitário de
filosofia, deprimido e gay, que acaba de tentar o suicídio após ser
abandonado pelo amante. Seu filho mais velho é obcecado pela obra de
Nietszche e sonha em ser piloto de avião. Ele fez um voto de
silêncio até conseguir realizar o sonho. Sua filha é uma
pré-adolescente gordinha, de óculos e desengonçada, que é
obcecada por concursos de beleza infantis. Quando a menina consegue
ser classificada para disputar o concurso “Pequena Miss Sunshine”,
na Califórnia, a família se vê na obrigação de viajarem todos
juntos para acompanhá-la. A bordo de uma velha Kombi amarela, eles
fazem uma viagem de três conturbados dias, cheios de surpresas e
incidentes que irão, finalmente, unir a todos. O filme é uma
bem-humorada crítica ao “american way of life”, à
competitividade, à obsessão pelo sucesso e ao repúdio aos “losers”
que caracteriza os costumes americanos, onde nem as crianças são
poupadas. Desperta, assim, uma boa reflexão sobre como esses
elementos têm influenciado a estrutura familiar e sobre a
necessidade de aprender a conviver com o diferente.
PEARL
HARBOR (Michael Bay).
Uma superprodução épica que relata o repentino e devastador ataque
japonês à base militar norte-americana em Pearl Harbor no dia 7 de
dezembro de 1941. Um ato que chocou o mundo e afetou milhares de
pessoas, colocando definitivamente os Estados Unidos na Segunda
Guerra Mundial. O filme apresenta um romance baseado no episódio e
peca por apresentar apenas a visão estadunidense dos fatos,
sugerindo uma glorificação dos seus “heróis” de guerra e uma
tentativa de justificar o revide norte-americano. Mesmo assim, é um
filme excelente para quem deseja entender melhor os acontecimentos
que marcaram a Segunda Guerra Mundial.
PATCH
ADAMS – O AMOR É CONTAGIOSO (Tom Shadyac).
Baseado numa história verdadeira, o filme conta a história de um
médico que não parece, age ou pensa como nenhum doutor que você
conheceu antes. Para o Dr. Patch Adams, interpretado por Robin
Williams, humor é o melhor remédio, e ele está disposto a fazer de
tudo para que seus pacientes sorriam - mesmo que isto signifique
arriscar sua própria carreira.
PARANÓIA
AMERICANA (Jeff Renfroe).
Terry Allen, após perder seu emprego, próximo de 11 de setembro, é
bombardeado por notícias de terrorismo. Fica obcecado e desconfia
que seu vizinho, um suposto estudante islâmico, é um perigoso
terrorista internacional. Dessa forma, passa a usar seu tempo livre
para investigá-lo. Enquanto descobre cada detalhe da vida do
enigmático vizinho, Terry não percebe que está entrando em um jogo
perigoso contra seus próprios medos, numa paranóia sem fim. Essa
guerra seria realmente fruto de sua imaginação ou ele estaria
prestes a impedir outro ataque terrorista contra os EUA?
OS
ANJOS DA GUERRA (Yurek Bogayevicz).
Baseado em um caso real, o filme é ambientado na Polônia, logo
depois da invasão nazista de 1939. Romek é um garoto judeu de 11
anos separado da família, pouco antes da deportação de todo o
gueto para os campos de extermínio. Escondido dentro de um saco de
batatas, ele é levado para um vilarejo, onde é adotado por um casal
de fazendeiros. Mas Romek luta contra todas as adversidades, desde o
ciúme do filho do casal ao pelotão alemão que fiscaliza o local e
desconfia de sua origem.
OLHOS
AZUIS (José Jofilly).
Marshall é o chefe do Departamento de Imigração do aeroporto JFK,
em Nova York. Comemorando seu último dia de trabalho, Marshall
resolve se divertir complicando a entrada no país de vários
latino-americanos. Entre eles está Nonato, um brasileiro radicado
nos EUA, dois poetas argentinos, uma bailarina cubana e um grupo de
lutadores hondurenhos. Dois anos depois, Marshall vem ao Brasil
procurar uma menina de nome Luiza. Uma jornada em busca de redenção
se inicia quando ele conhece Bia, uma prostituta brasileira que acaba
sendo seu anjo da guarda. Trata-se de um ótimo filme que aborda
temas como intolerância racial, preconceito e xenofobia.
O
TERMINAL (Steven Spielberg).
Baseado em fatos reais, o filme conta o surreal episódio ocorrido
com Viktor Navorski, um cidadão da Europa Oriental que viaja rumo a
Nova York justamente quando seu país sofre um golpe de estado, o que
faz com que seu passaporte seja invalidado. Ao chegar ao aeroporto,
Viktor não consegue autorização para entrar nos Estados Unidos.
Sem poder retornar à sua terra natal, já que as fronteiras foram
fechadas após o golpe, Viktor passa a improvisar seus dias e noites
no próprio aeroporto, à espera que a situação se resolva. Porém,
com a situação se arrastando por meses, Viktor permanece no
aeroporto e passa a descobrir o complexo mundo do terminal onde está
preso. O filme aborda temas como xenofobismo e falta de respeito e
consideração com relação a estrangeiros. É um exemplo de que a
globalização não representa verdadeiramente a diluição das
fronteiras, a não ser para o capital. Para o ser humano, as portas
de entrada dos países ricos permanecem bem vigiadas e impermeáveis
à passagem de “consumidores falhos”.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
O
SOL É PARA TODOS (Robert Mulligan).
Clássico dos anos 60, o filme conta a história da família de
Atticus Finch, um viúvo que vive com seus dois filhos na pequena
cidade de Maycomb, na época da depressão. Atticus é advogado,
homem simples e de grande caráter. Seus filhos aprendem com ele os
princípios da justiça, do respeito e da igualdade. As crianças
promovem cenas de pura sensibilidade, além de grande valor e
significação para uma melhor convivência. A relação entre pai e
filhos é harmoniosa, terna, e ainda mais solidificada, já que
Atticus é pai e mãe ao mesmo tempo. Quando aceita defender o negro
Tom Robinson, acusado de estuprar uma moça branca, Atticus passa a
sofrer o ódio e o racismo de alguns habitantes da cidadezinha,
inconformados com o seu trabalho. Ao mesmo tempo que leva o caso
adiante, tenta proteger os filhos dos mesmos sentimentos de que é
vítima, sem nunca instigar ou promover a violência. No dia do
julgamento, Atticus prova a inocência do réu, evidenciando a
hipocrisia e o cinismo daquela acusação de caráter preconceituoso.
Ainda assim, o veredicto não envereda pelos caminhos da justiça e o
desfecho da história é surpreendente.
O
SENHOR DAS ARMAS (Andrew Niccol).
Baseado em uma história real, o filme conta a história de Yuri
Orlev, interpretado por Nicolas Cage, um imigrante ucraniano nos EUA
que se torna um poderoso traficante internacional de armas.
Aparentemente, o filme seria apenas mais uma daquelas histórias
violentas que fazem tanto sucesso nos cinemas. Mas, ao final do
filme, se percebe que o mesmo é uma incisiva crítica política à
indústria e ao comércio da guerra, esse lucrativo negócio que
enriquece justamente os principais países que se dizem “defensores
da paz”, mas que continuam promovendo uma camuflada política
belicista.
O
PEQUENO TRAIDOR (Lynn Roth).
O filme se passa na cidade da Palestina, em 1947, meses antes de
Israel se tornar um estado independente. Proffy Liebowitz é um
garoto judeu de doze anos que almeja o dia em que as forças de
ocupação inglesas deixem sua terra. Proffy e seus dois amigos estão
sempre pensando em algum plano para aterrorizar os ingleses, até a
noite em que é surpreendido na rua depois do toque de recolher pelo
oficial inglês Dunlop. Em vez de prendê-lo, Dunlop leva o garoto
até em casa e, nas semanas seguintes, os dois prováveis inimigos
começam uma intensa amizade. E Proffy é considerado publicamente
como traidor, numa experiência que irá marcar sua vida para sempre,
especialmente ao constatar sua genuína amizade com o inimigo.
O
ÓLEO DE LORENZO (George Miller).
Baseado em uma história real, o filme conta a história de Lorenzo
Odone, um garoto de cinco anos com o diagnóstico de uma doença
terminal rara. Seus pais, Augusto e Michaela Odone, iniciam, então,
uma missão extraordinária para salvar Lorenzo, enfrentando médicos,
cientistas e grupos de apoio que relutavam em incentivar o casal na
busca de uma cura. O esforço inesgotável dos dois testa a
resistência de seus laços de união, a profundidade de suas crenças
e os limites da medicina convencional.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
O
MENINO DO PIJAMA LISTRADO (Mark Herman).
Durante a Segunda Guerra Mundial, uma família alemã se muda de
Berlim para Auschwitz, quando o patriarca é ordenado por Hitler para
trabalhar no campo de concentração. Assim, Bruno, um garoto de 8
anos, filho do oficial, começa uma linda amizade com um menino
judeu da mesma idade. O filme mostra o modo como o preconceito, o
ódio e a violência afetam pessoas inocentes, especialmente as
crianças. É uma fábula sobre amizade em tempos de guerra e sobre o
que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro
terrível e inimaginável.
O
GRITO SILENCIOSO (Bernard Nathanson).
Documentário histórico, produzido na década de 80 pelo Dr. Bernard
Nathanson, famoso médico americano que, por ter sido responsável
por mais de 60 mil abortos, chegou a ser conhecido pelo título “o
Rei do Aborto”. Também fundou em 1969 a Liga Nacional do Direito
ao Aborto, para fazer propaganda em favor da legalização oficial da
interrupção da gravidez. Aos poucos foi concebendo o horror de suas
práticas, principalmente com a inovação do ultra-som, que permitia
ver o feto dentro da barriga da mãe e, no caso do aborto, ver o seu
sofrimento e o seu grito silencioso, comprovando cientificamente que
o aborto é, de fato, uma violência cruel contra um ser vivo
totalmente indefeso.
O
DIÁRIO DE ANNE FRANK (George Stevens).
A épica adaptação para as telas de um dos mais comoventes
documentos surgidos após a 2ª Guerra Mundial: o diário de uma
garota judia de treze anos de idade, chamada Anne Frank. Para escapar
aos horrores da perseguição nazista, Otto Frank escondeu sua esposa
e suas duas filhas, Anne e Margot, em um sótão desocupado em
Amsterdã por dois anos. Lá, também escondidos, estavam o Sr. e
Sra. Van Daan, seu filho Peter e um dentista, o Sr. Dussel. Em seu
diário, Anne registra as dificuldades e medos das pessoas à sua
volta que tentavam viver uma vida normal mesmo confinados no
minúsculo sótão, estando todo o tempo sob ameaça de serem
descobertos pela Gestapo. O estresse e a tensão quase insuportável
da situação são habilmente expostos neste filme marcante e
tocante. Anne Frank representa a fé e a esperança de que o lado bom
das pessoas ainda prevalecerá neste mundo.
O
CONTADOR DE HISTÓRIAS (Luiz Villaça).
O filme conta a história real de Roberto Carlos Ramos, que, nos anos
70, aos 6 anos de idade, foi deixado por sua mãe na FEBEM, com a
ilusão de que ali seu filho teria um futuro melhor. Entretanto, a
instituição pública mostrou que não passava de um frio depósito
de crianças excluídas, onde estas eram submetidas a todo tipo de
violência. Aos 13 anos, Roberto era analfabeto, tinha mais de 100
fugas, tinha praticado várias infrações e era considerado
irrecuperável. O encontro com uma pedagoga, porém, mudou sua vida
para sempre. Margherit Duvas abriu sua casa para o garoto e
transformou a vida de Roberto através da pedagogia do amor. Ele
cresceu, formou-se em pedagogia, virou escritor, palestrante e hoje é
considerado um dos maiores contadores de histórias do mundo. Adotou
13 crianças de rua, que hoje formam a sua família.
O
CAÇADOR DE PIPAS (Marc Forster).
Este romance conta a história da amizade de Amir e Hassan, dois
meninos quase da mesma idade, que vivem vidas muito diferentes no
Afeganistão da década de 70. Amir é rico e bem-nascido, um pouco
covarde, e sempre em busca da aprovação de seu próprio pai.
Hassan, que não sabe ler nem escrever, é conhecido por coragem e
bondade. Os dois, no entanto, são loucos por histórias antigas de
grandes guerreiros, filmes de caubói americanos e pipas. E é
justamente durante um campeonato de pipas, no inverno de 1975, que
Hassan dá a Amir a chance de ser um grande homem, mas ele não
enxerga sua redenção. Após desperdiçar a última chance, Amir vai
para os Estados Unidos, fugindo da invasão soviética ao
Afeganistão. Mas vinte anos depois, inesperados acontecimentos fazem
Hassan voltar à sua terra natal para acertar contas com o passado. A
história tem como cenário uma série de acontecimentos políticos
tumultuosos, que começa com a queda da monarquia do Afeganistão
decorrente da invasão soviética, a massa de emigrantes refugiados
para o Paquistão e para os EUA e a implantação do regime Militar
pelo Talibã.
O
BICHO DE SETE CABEÇAS (Laís Bodanzky).
Baseado em uma história real, o filme narra uma viagem ao inferno
manicomial. Esta é a odisséia vivida por Neto, um adolescente de
classe média, que leva uma vida normal até o dia em que o pai o
interna em um manicômio depois de encontrar um baseado no bolso de
seu casaco. O cigarro de maconha é apenas a gota d'água que
deflagra a tragédia da família. Neto é um adolescente em busca de
emoções e liberdade, que tem suas pequenas rebeldias
incompreendidas pelo pai. A falta de entendimento entre os dois leva
ao emudecimento na relação dentro de casa e o medo de perder o
controle do filho vira o amor do avesso. Internado no manicômio,
Neto conhece uma realidade completamente absurda, desumana, em que as
pessoas são devoradas por um sistema manicomial corrupto e cruel.
Dessa forma, ele é forçado a amadurecer e as transformações por
que passa transformam sua relação com o pai.
NOTÍCIAS
DE UMA GUERRA PARTICULAR (João Moreira Salles / Kátia Lund).
Documentário que mostra um amplo e contundente retrato da violência
no Rio de Janeiro. É possível ver flagrantes do cotidiano das
favelas dominadas pelo tráfego de drogas e fazer uma profunda
análise da situação através de entrevistas com todos os
envolvidos no conflito entre traficantes e policiais - incluindo
moradores que vivem no meio do fogo cruzado e especialistas em
segurança pública. A realidade da violência é apresentada sem
meios-tons e da forma mais abrangente possível, tornando patente o
absurdo de uma guerra sem fim e sem vencedores possíveis.
MANDELA:
MEU PRISIONEIRO, MEU AMIGO (Bille August).
África do Sul, 1968. 20 milhões de negros são governados por uma
minoria de 4 milhões de brancos sob o regime do apartheid. Os negros
não têm direito a voto, terras, liberdade de ir e vir, nem chances
iguais de moradia, emprego ou educação. Determinados a manter o
poder, o governo proíbe todas as organizações de oposição e
envia seus líderes para o exílio ou para a prisão da Ilha Robben.
O filme mostra a história real de Nelson Mandela, no período de 20
anos que ficou preso, contada através das memórias de um guarda de
prisão racista que teve sua vida completamente alterada pela
convivência com o líder da África do Sul. Ótimo filme para
fomentar a discussão sobre o uso da violência como instrumento
político de libertação.
NASCIDOS
EM BORDÉIS (Zana Briski / Ross Kauffman).
É um documentário que mostra a vida das crianças do bairro da Luz
Vermelha, em Calcutá. O aparente enriquecimento da Índia deixa de
lado os menos favorecidos. Nesse contexto, os menos privilegiados são
as crianças filhas de prostitutas do bairro mais pobre da cidade,
para quem o presente é dramático e o futuro é sombrio. Porém,
ainda há esperanças. Os documentaristas Zana Briski e Ross Kauffman
procuram essas crianças e, munidos de câmeras fotográficas, pedem
para eles fazerem retratos de tudo o que lhes chama a atenção. Os
resultados são emocionantes. E enquanto essas crianças vão
descobrindo essa nova forma de se expressar, os cineastas lutam para
poder dar mais esperança e uma vida melhor para elas. O filme
aborda, assim, o lamentável aspecto da violência econômica e
aponta possíveis soluções para o problema, buscando salvar
crianças através da arte e da educação.
Assinar:
Postagens (Atom)