quarta-feira, 21 de novembro de 2012


NASCIDO EM 4 DE JULHO (Oliver Stone). Baseado na história real de Ron Kovic, o filme conta a trajetória de um jovem norte-americano apaixonado por seu país e com muitos sonhos e ideais. Ao deixar a namorada e a família para lutar no Vietnã, ele é ferido e torna-se paraplégico. Chegando aos Estados Unidos, é recebido como herói, mas logo se vê diante de uma sociedade que nutre preconceitos contra seus deficientes físicos e começa a perceber o erro da guerra e a sofrer com as lembranças da mesma. A partir daí, torna-se um defensor da paz. 

NAÇÃO FAST FOOD (Richard Linklater). Don Anderson, executivo de marketing de uma cadeia de restaurantes fast food, tem um grande problema: a notícia de que a carne utilizada para preparar os sanduíches da rede é contaminada. Para descobrir a causa do problema, ele terá que percorrer uma longa jornada pelo lado obscuro da alimentação americana. Saindo do cômodo escritório da empresa para percorrer um outro estilo de vida, Don descobrirá uma nação de consumidores que ainda não perceberam que são eles que estão sendo consumidos pela indústria. O filme discute o impacto causado pela carne processada no ambiente e na sociedade, abordando temas como imigração ilegal, trabalho escravo, contaminação dos rios próximos às fazendas e maus tratos aos animais antes do abate. Em um momento do filme, o personagem de Bruce Willis solta: “Todo mundo tem de comer um pouco de cocô na vida”. Ele se refere à mistureba que compõe o hambúrguer industrializado, que, em sua lista de ingredientes, conta com partes dos intestinos dos bois. Segundo uma pesquisa do Departamento de Agricultura dos EUA, 78,6% da carne processada no país é contaminada por micróbios originários das fezes que estavam nos intestinos dos bichos. O filme consegue abordar tudo isso sem pregações a favor do vegetarianismo ou contra as redes de fast food. Apenas deixa claro de que forma esse tipo de alimentação pode causar estragos no meio ambiente. 

MILK – A voz da Igualdade (Gus Van Sant). Uma cinebiografia de Harvey Milk (1930-1978), político norte-americano que assumiu sua homossexualidade publicamente nos anos 70, sendo o primeiro homossexual assumido a ser eleito a um cargo público nos Estados Unidos. No ano seguinte, Milk foi assassinado por um adversário de carreira política. Deixou um legado político de ativismo em favor dos direitos civis de gays e minorias, sendo um defensor da igualdade e da diversidade. Apesar da sua curta carreira na política, Milk se tornou um ícone em São Francisco e um mártir dos direitos gays.

MEU NOME NÃO É JOHNNY (Mauro Lima). O filme retrata a história real de João Estrella, um garoto de classe média alta da cidade do Rio de Janeiro que se envolveu com drogas precocemente. No decorrer do filme, o rapaz começa a utilizar drogas mais "pesadas" e acaba se envolvendo com tráfico. Ele tinha tudo, menos limite. Inteligente e simpático, era adorado pelos pais e popular entre os amigos. Com espírito aventureiro e boêmio, mergulhou em todas as loucuras permitidas e também nas não permitidas. No início dos anos 90, se tornou o rei do tráfico de drogas da zona sul do Rio de Janeiro. Investigado pela polícia, foi preso e seu nome chegou às capas dos jornais. Em vez de festas, passou a freqüentar o banco dos réus. Sua história revela sonhos e dramas comuns à toda juventude.

MARIA CHEIA DE GRAÇA (Joshua Marston). Aos 17 anos, Maria Alvarez vive numa pequena localidade ao norte de Bogotá, na Colômbia. Grávida e recentemente demitida, tendo ainda que ajudar financeiramente sua família, ela aceita o trabalho de transportar heroína em seu próprio estômago da Colômbia para Nova York. O filme mostra a triste realidade de uma juventude sem oportunidades e sem esperanças.

MÃOS TALENTOSAS – A HISTÓRIA DE BEN CARSON (Thomas Carter). Baseado na vida de um dos mais respeitados neurocirurgiões do mundo, Dr. Ben Carson, o filme conta uma história de superação de dificuldades a partir do apoio de uma devotada mãe. A senhora Carson insistiu para que os filhos tivessem oportunidades que ela não teve. Ajudou-os a expandir a imaginação, a inteligência e a confiança em si mesmos e em Deus, acima de tudo. A sociedade não esperava que uma criança negra, pobre, criada sem a presença do pai e com sérias dificuldades de aprendizagem pudesse se tornar um médico inovador e respeitado. Ele entrou para a história da medicina em 1987, ao conseguir separar gêmeos siameses unidos pela cabeça. Ben Carson superou suas dificuldades com a ajuda de sua mãe e hoje tenta ajudar inúmeras crianças carentes a fazerem o mesmo. É um desses exemplos de vida que merece ser divulgado.

MADRE TERESA (Fabrizio Costa). Filme sobre a conhecida "santa dos pobres mais pobres". Inês Gonxha Bojaxhiu nasceu em Skopja, capital da atual república da Macedônia. Aos 21 anos, mudando seu nome para Teresa, ingressou em um Convento de Calcutá. Onze anos mais tarde deixaria o mesmo e começaria a trabalhar nos bairros mais pobres da cidade, vindo a fundar, em 1946, a Congregação das Missionárias da Caridade. Ela deu ao mundo um exemplo de amor e paz. Costumava dizer que nunca iria a uma manifestação contra a guerra, mas iria de bom grado para uma a favor da paz.

LARANJA MECÂNICA (Stanley Kubrick). Um clássico do cinema que nos traz um conto sobre a violência, os caminhos da moralidade e as formas de reeducação social. A história se passa em uma Inglaterra futurista, onde o alucinado Alex e sua gangue buscam diversão e prazer sempre às custas da tragédia dos outros. Preso, ele é usado como cobaia em um experimento que pretende fazer o indivíduo interromper seus impulsos maldosos e violentos, através de drogas e de controle mental.

KUNDUN (Martin Scorsese). O filme conta a história do décimo quarto Dalai Lama, monge budista e líder espiritual e político do Tibet. Ele é tido como a reencarnação do décimo terceiro Dalai Lama, que foi encontrado pelos monges budistas após várias buscas. Com o amor e a sabedoria de sua religião, enfrentou a invasão comunista chinesa, utilizando a não violência. Perseguido pelo exército chinês, teve que fugir para a Índia, onde instalou um governo em exílio e onde vive até hoje, lutando de forma pacífica e exemplar por um Tibet livre. Tornou-se conhecido mundialmente, pregando uma mensagem de amor, paz e não violência. Foi prêmio Nobel da Paz em 1989.

JEAN CHARLES (Henrique Goldman). Baseado em fatos reais, o filme conta a trágica história de Jean Charles de Menezes, o brasileiro assassinado pela polícia britânica em 2005, num metrô de Londres. Diante de um alerta terrorista, os policiais confundiram Jean Charles com um suspeito e dispararam mortalmente contra ele, o que gerou uma polêmica internacional e comoção no Brasil. O filme aborda a delicada situação de luta contra o terrorismo que, muitas vezes, serve para justificar uma polícia que transforma cidadãos inocentes em suspeitos, alimentando medos e fomentando o racismo.

IRMÃO SOL, IRMÃ LUA (Franco Zeffirelli). Trata-se de um clássico do cinema que conta a história de São Francisco de Assis (1182-1226) e Santa Clara (1194-1253). O filme enfoca os primeiros anos de vida de Francisco, um mimado filho de aristocratas que parte para a guerra animado e volta completamente transformado. Ele então renuncia as riquezas da família e procura na comunhão com a natureza traçar seu próprio destino, livre do apego aos bens materiais. É, sem dúvida, um dos maiores exemplos de paz para a humanidade. 

Hotel Ruanda (Terry George). Em Ruanda, no ano de 1994, um conflito político levou à morte quase um milhão de ruandeses, em apenas cem dias. O mundo fechou os olhos para Ruanda. Mas um homem abriu seus braços e coração e fez a diferença. Paul Rusesabagina era gerente do Hotel Milles Collines, em Kigali, capital de Ruanda, quando o conflito começou. Munido apenas da sua coragem, ele protegeu quem chegava ao hotel, adultos e crianças. O filme conta a história real de Paul para contar a história de Ruanda, como um alerta ao mundo.

GUERREIRO DA PAZ - GREY OWL (Richard Attenborough). Baseado em fatos reais, o filme conta a história de Archibald Belaney ou Archie Grey Owl, um jovem inglês que sempre sonhou em viver na floresta. Aos dezessete anos, ele se muda para o Canadá e é adotado pelo cacique de uma tribo. Grey Owl passa a viver como um nativo, escondendo a sua verdadeira origem. Sua vida muda radicalmente quando ele se apaixona por Pony, uma índia que o incentiva a aproveitar seus conhecimentos e divulgar suas idéias escrevendo. Em suas publicações, Grey Owl aborda temas ambientalistas de uma forma popular, sempre alertando o mundo para a importância da preservação da natureza e dos animais. Foi um pioneiro na defesa do meio ambiente, vez que, na época, poucos tinham essa preocupação. Foi assim que, em 1930, Owl desafiou os poderosos ao denunciar a destruição das selvas, despertando o mundo para esta causa.

GRAN TORINO (Clint Eastwood). Walt Kowalski é um funcionário aposentado da indústria automotiva e veterano da Guerra da Coréia. Ele preenche seus dias fazendo consertos em casa, tomando cerveja e fazendo visitas mensais ao barbeiro. Quando sua esposa morre, ele não encontra mais afinidades nem mesmo entre seus filhos e netos. Inflexível, amargurado e doente, vive num mundo em transformação e se vê forçado a confrontar seus próprios preconceitos diante da grande quantidade de imigrantes orientais e latinos que se mudam para seu bairro. Quando um garoto oriental vizinho tenta roubar seu carro Gran Torino, ano 1972, Kowalski acaba se aproximando da família do garoto e torna-se um grande amigo deles. Entretanto, as gangues do bairro são perigosas e irão testar os limites dessa amizade. Um ótimo filme para se discutir sobre preconceitos e formas de lidar com a violência urbana.

GANDHI (Richard Attenborough). Uma fascinante biografia sobre o homem que subiu de simples advogado a símbolo mundial de paz e tolerância. Uma obra-prima imprescindível, o filme traz uma história intrigante sobre ativismo, política, tolerância religiosa e liberdade. Mas no centro de tudo isso, está um homem extraordinário que lutou por uma existência pacífica e libertou uma nação.

FILADÉLFIA (Jonathan Demme). O filme conta a história de Andrew Hackett, um promissor advogado que trabalha para um tradicional escritório da Filadélfia, tendo sido despedido quando descobrem ser ele portador do vírus da AIDS e homossexual. Ele contrata os serviços de um advogado negro, que é forçado a encarar seus próprios medos e preconceitos. O filme aborda o estigma relacionado à AIDS e revela as dificuldades que as minorias enfrentam para garantir os seus direitos básicos.

FELIZ NATAL (Christian Carion). O filme conta a verdadeira história da trégua de véspera de Natal declarada pelas tropas escocesas, francesas e alemãs nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Os inimigos deixaram suas armas por uma noite, se juntaram em fraternidade e esqueceram as brutalidades da guerra. A guerra parecia não ter mais chance ali. 

FAVELA RISING (Matt Mochary / Jeff Zimbalist). É um documentário sobre uma das organizações sociais mais importantes do Brasil, o AfroReggae, que usa a música e a cultura como instrumento de mudança e de combate à violência. O filme mostra a história de Anderson Sá, um morador jovem da violenta favela de Vigário Geral, no Rio de Janeiro. Cansado do descaso das autoridades e do desprezo gerado pelas classes abastadas, além da violência tanto dos policiais quanto dos narcotraficantes que o cercam, ele decide organizar o movimento chamado AfroReggae, com o objetivo de resgatar a dignidade e combater a injustiça social no local. Com sua ideologia e caráter, contribui, assim, para muitas melhorias na comunidade carente da favela. O filme é um documentário feito em parceria entre Brasil e Estados Unidos, que mostra a força de uma organização social definida e corajosa.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012


EU, CHRISTIANE F., 13 ANOS, DROGADA E PROSTITUÍDA (Uli Edel). Esse famoso filme alemão da década de 80 retrata a história real de uma linda adolescente de Berlin. Christiane mora com sua mãe e sua irmã menor em um típico apartamento da cidade. Curiosa para conhecer a "Sound", uma nova e moderna discoteca, ela dá um jeito de entrar no lugar, apesar de ser menor de idade. Lá ela conhece o jovem Detlev e se aproxima do terrível mundo das drogas. Primeiro é o álcool, depois a maconha e, assim, passa a usar vários tipos de drogas, como LSD e heroína, mergulhando profundamente no submundo do vício e da prostituição. Um filme de cenas fortes e muito reais que nos transmitem os horrores do mundo do vício entre os jovens.

ESCRITORES DA LIBERDADE (Richard LaGravenese). O filme é baseado no livro de mesmo nome e conta a história real do trabalho realizado pela professora de ensino médio Erin Gruwell junto a seus alunos. Designada para ministrar aulas de inglês, literatura e redação para uma turma de alunos pobres, a novata e idealista professora depara-se com estudantes revoltados e sem nenhuma esperança na vida, que têm que lidar com a violência e o preconceito racial nas ruas e na escola. Em situações completamente adversas, a professora consegue conquistar os alunos utilizando o poder do amor e um método de ensino que parte da realidade dos educandos. Pela primeira vez, eles vislumbram um raio de esperança e têm a chance de mostrar ao mundo que podem ser heróis e que têm algo a dizer. 

ENTRE OS MUROS DA PRISÃO (Christian Faure). O filme conta a história real de Yves Treguier, um órfão de 14 anos na França dos anos 30 que já passou por várias casas de correção durante a infância. Assim que ele se vê em uma dessas “escolas”, prédios austeros cercados por altos muros, Yves, o rei da fuga e terno sonhador, tem apenas uma idéia em sua mente: fugir para o porto e pegar um navio para Nova York. O filme aborda o descaso com que eram tratados os órfãos da Primeira Guerra Mundial. Sem qualquer tipo de proteção e tidos como criminosos em potencial, o Estado os mandava para escolas que mais se assemelhavam a prisões, onde eram tratados como lixo humano. Dessa forma, a sociedade brutalizava os filhos daqueles que ela enviou para o extermínio na guerra. O filme deixa a mensagem de que crianças não nascem criminosas e, se têm algum problema, precisam de assistência e proteção, não de uma colônia penal. Os Centros de Educação Vigiada representados no filme só foram definitivamente fechados em 1979.  Yves Treguier se tornou escritor com o pseudônimo Auguste Le Breton.

DOUTORES DA ALEGRIA (Mara Mourão). É um filme sensível e bem-humorado, que resgata a importância da figura do palhaço, um ser irreverente, sábio e generoso, capaz de provocar verdadeiras transformações com sua capacidade de olhar a vida por novos ângulos. Sempre apontando o ridículo da situação nele mesmo, o palhaço torna-se a figura ideal para remexer baús empoeirados, chacoalhar estruturas, arejar nossas mentes. O filme retrata o trabalho de um grupo de artistas que trabalham com crianças hospitalizadas e vai além, convidando-nos a pensar sobre o papel da arte em nossas vidas. Além de ter sido considerado pela UNESCO uma obra que promove a Cultura de Paz, o filme recebeu vários prêmios no Brasil e no exterior. É muito mais que um filme; é uma lição de vida!

DORMINDO COM O INIMIGO (Joseph Ruben). Em um casamento que já dura quatro anos, Sara e Martin personalizam o par mais perfeito, feliz e próspero. Mas, na realidade, na intimidade do lar, o marido é misógino e exerce domínio de sua mulher através de agressões psicológicas e físicas, cerceando sua liberdade. Assim, para escapar da tortura diária, ela simula sua própria morte e foge para uma outra cidade, a fim de recomeçar a vida com uma nova identidade. Após algum tempo, ela se apaixona, mas seu marido descobre indícios de que ela pode estar viva e decide encontrá-la de qualquer maneira.

CRIANÇA, A ALMA DO NEGÓCIO (Estela Renner). Pode parecer brincadeira, mas as crianças hoje em dia conhecem mais as marcas de salgadinhos do que os nomes de frutas e legumes. É o que mostra este documentário, que promove uma reflexão sobre como a sociedade de consumo e as mídias de massa impactam na formação de crianças e adolescentes. O filme mostra como a infância de nossas crianças está sendo sabotada pelo excesso de publicidade dirigido à elas, e que a maioria dos pais ou não percebe ou não sabe como agir perante tal quadro. Revela que a publicidade dirigida à criança é covarde, ilegal e imoral. Reflete que, no Brasil, a criança se tornou a alma do negócio para a publicidade.

sábado, 10 de novembro de 2012


CRASH: NO LIMITE (Paul Haggis). O filme retrata diversas situações que envolvem as complexas questões raciais na América contemporânea. Ao mergulhar de cabeça nas confusões ideológicas nascidas no pós 11 de Setembro em Los Angeles, este drama urbano desenha as inconstantes intersecções entre personagens pertencentes a diferentes etnias, que lutam para superar seus medos enquanto suas vidas se cruzam. Uma dona-de-casa e seu marido, um promotor público; uma lojista de origem árabe; dois detetives da polícia; um diretor de televisão afro-americano e sua esposa; dois policiais; um chaveiro mexicano; dois ladrões de carro; um casal coreano de meia idade. Todos vêem suas vidas colidindo após uma série de eventos inevitáveis, no período de 36 horas, com conseqüências surpreendentes. É um filme que proporciona uma boa reflexão sobre a multiplicidade e a complexidade de violações aos direitos da pessoa, mostrando que não há “outro lado”, pois são todos cidadãos e seres humanos que estão, de variadas formas, envolvidos ou implicados.

CORINA, UMA BABÁ PERFEITA (Jessie Nelson). 1959. Manny Singer, um compositor de jingles de uma agência de propaganda, fica viúvo e tem que cuidar sozinho de Molly, sua filha de sete anos. Ele precisa desesperadamente de uma babá e, dessa forma, entrevista várias candidatas, mas rejeita todas até encontrar Corina Washington, uma recém-formada que não consegue arrumar emprego por ser negra. A primeira grande tarefa de Corina é se comunicar com Molly, que decidiu parar de falar desde a morte da mãe. Além disto, Manny parece estar confuso na maioria do tempo, o que o faz fumar em demasia. Corina também fuma e isto faz os adultos terem uma cumplicidade por este hábito, o que deixa Molly apavorada, por ver sempre na televisão depoimentos sobre os perigos do fumo. Gradativamente, Corina ganha a confiança da menina e logo ela está falando novamente. Corina fica para o jantar em várias ocasiões e Manny se surpreende com sua capacidade intelectual e sensibilidade. Molly secretamente deseja que Corina se case com seu pai e fique morando na casa o tempo todo, apesar da irmã de Corina, a mãe de Manny e uma vizinha curiosa desaprovarem um romance inter-racial. O filme aborda temas como discriminação racial e social, morte, separação, vícios, religião, amor, companheirismo e romance.

CHICO XAVIER (Daniel Filho). Uma adaptação para o cinema que descreve a trajetória do médium que viveu 92 anos desta vida terrena desenvolvendo importante atividade mediúnica e filantrópica. Fechava os olhos e colocava no papel poemas, crônicas e mensagens. Seus mais de 400 livros psicografados consolaram os vivos, pregaram a paz e estimularam a caridade. Para os admiradores mais fervorosos, foi um santo. Para os descrentes, no mínimo, um personagem intrigante.

CHE (Steven Soderbergh). Dividido em duas partes, o filme mostra a história do revolucionário Ernesto Che Guevara. A primeira parte (O Argentino), mostra o período em que Che Guevara foi apresentado a Fidel Castro até a época em que conseguiram tomar o poder em Cuba. A segunda parte (A Guerrilha), mostra a fase em que Che Guevara deixa Cuba com o ideal de expandir a revolução para outros países latino-americanos e libertá-los do imperialismo americano, ideal este que acaba levando-o à morte na Bolívia. Ótimo filme para fomentar a discussão sobre o uso da violência como instrumento político de libertação.

BAGDAD CAFÉ (Percy Adlon). Depois de brigar com seu marido e abandoná-lo na estrada, a turista alemã Jasmin caminha sozinha pelo deserto do Arizona até chegar ao posto-motel Bagdad Café. Recebida com aspereza por Brenda, a dona do local que acabou de colocar o marido para fora de casa, Jasmin aos poucos vai conquistando a simpatia dos clientes e hóspedes. Com o tempo, apesar das diferentes personalidades, Jasmin e Brenda tornam-se boas amigas e transforam o Bagdad Café num lugar mágico, onde cada um pode ser feliz à sua maneira. E o que se segue é uma extraordinária lição de vida e um belíssimo exemplo de como o ser, ao se deparar com o preconceito e a exclusão sócio-cultural, pode gradativamente transformar essa realidade em tolerância, tornando possível uma convivência harmoniosa e feliz, apesar das diferenças.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012


ATAQUE TERRORISTA (Jag Mundhra). Nascido no Paquistão, muçulmano e casado com uma mulher de origem inglesa, o inspetor da Scotland Yard, Tariq Ali, é escalado para investigar um assassinato ocorrido no metrô de Londres, onde policiais mataram a tiros um muçulmano suspeito de ser terrorista. Depois que é descoberta a inocência da vítima, Tariq começa a sentir na pele o preconceito. Os policiais de sua corporação o discriminam por sua origem e a comunidade muçulmana, por sua vez, passa a vê-lo como traidor. Resta ao investigador tentar controlar esses grandes obstáculos para encontrar a verdade. O filme é um poderoso suspense político sobre o terrorismo, um assunto tão presente em tempos de conflitos sociais e políticos. Aborda, ainda, sob vários ângulos, a questão do preconceito racial e religioso.

ASOKA (Santosh Sivan). Grandiosa produção sobre a vida do imperador indiano Asoka, que assumiu o trono no século III a. C. Para expandir o seu império, Asoka deu início a uma das batalhas mais sangrentas da história da Índia, matando milhares de pessoas. Venceu várias guerras, mas ganhou apenas as lágrimas das viúvas, os choros dos órfãos e corpos cremados. Após perceber o seu erro, renunciou ao trono como forma de redimir-se de sua ambição e crueldade, iniciando uma jornada de amor, paz e não violência. 

AS TORRES GÊMEAS (Oliver Stone). O filme conta a história real de John McLoughlin e Will Jimeno, dois policiais de Nova York que ficam soterrados nas ruínas do 11 de setembro de 2001. Enquanto McLoughlin e Jimeno se apóiam um ao outro, numa luta para sobreviver, os acontecimentos de um inimaginável dia se desenvolvem através dos olhos dos dois, de suas carinhosas esposas, de sobreviventes e salvadores por toda a cidade. Mais do que a história de um atentado terrorista, o filme mostra a história da fraternidade e da solidariedade que brotam em situações dramáticas.

AO MESTRE, COM CARINHO 2 (Peter Bogdanovich). Depois de lecionar durante 30 anos em Londres, o professor Mark Thackeray se aposenta e volta para Chicago, onde busca por um amor perdido do passado, bem como inicia uma nova jornada de luta pela educação de jovens tidos como irrecuperáveis. Longe de parar por conta da idade e da aposentadoria, o professor Thackeray deseja continuar seu trabalho de educação em uma pequena escola em um bairro pobre da cidade. Seu desafio maior, dessa vez, é ensinar a não violência a jovens rebeldes que vivem em situações de marginalidade e de exclusão social.

AO MESTRE, COM CARINHO (James Clavell). Um jovem professor enfrenta alunos indisciplinados e desordeiros, neste filme clássico que refletiu alguns dos problemas e medos dos adolescentes dos anos 60. Mark Thackeray, um engenheiro desempregado, resolve dar aulas em Londres, no bairro operário de East End. A classe, liderada por Denham, Pamela e Barbara, estão determinados a destruir Thackeray como fizeram com seu predecessor, ao quebrar-lhe o espírito. Mas Thackeray, acostumado a hostilidades, enfrenta o desafio tratando os alunos como jovens adultos que breve estarão se sustentando por conta própria. Quando recebe um convite para voltar à engenharia, Thackeray deve decidir se pretende continuar ou não com seu trabalho de educação.

ANNA E O REI (Andy Tennant). Baseado em uma história real, registrada nos diários de Anna Leonowens, o filme conta uma história que se passa em 1860, no Sião. Anna é uma inglesa viúva que aceita trabalhar como professora dos filhos do rei do Sião, Mongkut. Quando ela chega a Bangcoc, o choque cultural é imediato. Divergências, choque de culturas e até o início de um romance marcam o relacionamento entre Anna e Mongkut. Aos poucos ela obtém o respeito do rei e se torna sua confidente e conselheira diplomática. É um filme que mostra que não-violência encontra na figura da mulher sua expressão mais forte e bela.

ANJOS DO SOL (Rudi Lagemann). O filme denuncia uma triste realidade no Brasil: a exploração sexual comercial de crianças e adolescentes. Anjos do Sol conta a saga da menina Maria, de doze anos, que no verão de 2002 é vendida pela família, que vive no interior do nordeste brasileiro, a um recrutador de prostitutas, imaginando que a garota estaria indo viver em um lugar melhor. Depois de ser comprada em um leilão de meninas virgens, Maria é enviada para um prostíbulo localizado numa pequena cidade, vizinha a um garimpo, na floresta amazônica. Após meses sofrendo abusos, Maria consegue fugir e atravessa o Brasil na carona de caminhões. Ao chegar ao seu novo destino, o Rio de Janeiro, a prostituição se coloca novamente no seu caminho e suas atitudes, frente aos novos desafios, se tornam inesperadas e surpreendentes.

AMOR SEM FRONTEIRAS (Martin Campbell). O filme é dedicado aos trabalhadores humanitários e às milhões de vítimas da guerra e da perseguição em todo o mundo. Mostra o choque entre uma badalada vida em Londres e a dura realidade da pobreza e da fome em diversos lugares do mundo. Ao comparecer a um evento para angariar fundos, uma ingênua socialite americana, Sarah Jordan, que é casada e vive na Inglaterra, testemunha uma inflamado manifesto feito por um intruso, o renegado humanitário Dr. Nick Calahan. Seu apelo em favor de crianças miseráveis sob seus cuidados transtorna Sarah completamente. Atraída por Nick e sua causa, ela impulsivamente abandona sua vida protegida na Inglaterra e junta-se a ele em sua luta para ajudar os campos de refugiados. À medida que o trabalho leva Sarah a áreas instáveis, nas quais poucas pessoas se aventuraram e quase nenhuma sobreviveu, ela descobre que a cruel realidade em que se envolveu – e sua crescente atração pelo carismático e imprevisível doutor – deflagra nela uma paixão por salvar vidas, mesmo pondo em risco a sua própria.

AMAZÔNIA – De Galvez a Chico Mendes (Marcos Schechtman). Box com 7 DVDs contendo a minissérie da autora Glória Perez exibida em 2006 pela TV Globo. Retrata a história do Acre com seus conflitos e personagens ao longo de 100 anos. A minissérie começa no período áureo da borracha (1899), quando, em plena revolução industrial, apenas a região amazônica produzia borracha no mundo, despertando o interesse e a cobiça de outros países. 

AGOSTO NEGRO (Samm Styles). Conta a história real da curta vida do ativista negro estadunidense George Lester Jackson (1941 – 1971). Com apenas 18, ele foi preso por roubar 71 dólares de um posto de gasolina. Vivia-se o clima de guerra racial nos Estados Unidos. Na prisão, George Jackson estudou economia política e teoria radical e tornou-se militante dos “Panteras Negras”, uma gang prisional com objetivos políticos, que pretendia erradicar o racismo e derrubar o sistema capitalista. Por ter se envolvido no assassinato de um guarda da prisão, Jackson foi acusado por mais esse crime e via suas chances de sair da cadeia cada vez mais distantes. Ficou famoso graças a dois best sellers que escreveu na prisão (Soledad Brother e Blood in My Eye), onde, influenciado por idéias comunistas, pregava que o fim do racismo e da exploração capitalista só se daria por meio de uma revolução violenta. Seu irmão mais novo, Jonathan, tornou-se também militante do partido dos Panteras Negras e, com apenas 17 anos, chocou o país ao fazer refém toda uma corte de justiça na Califórnia, pedindo a libertação de Jackson. Três dias antes de ir a julgamento, Jackson foi morto no pátio da prisão por tentativa de fuga. De acordo com seus desejos manifestados em vida, no dia do seu funeral os seus camaradas honraram-no com armas, não com flores. George Jackson é recordado como um intelectual, um revolucionário e um nacionalista negro ainda hoje. A análise de sua história nos leva, inevitavelmente, a comparar suas idéias de revolução violenta com as idéias de Martin Luther King, que, por sua vez, também lutou contra o racismo nos Estados Unidos, pregando, porém, o uso da não violência ativa. Sobre Luther King, Jackson escreveu que o admirava como homem, mas que discordava dele como líder do pensamento negro, pois, ao seu ver, o pacifismo era um falso ideal, porque pressupõe a existência da compaixão e do sentido de justiça por parte do adversário. Agosto Negro é um ótimo filme para instigar essa discussão sobre os métodos e caminhos da transformação social.


ACUSADOS (Jonathan Kaplan). Foi um dos primeiros grandes filmes de Hollywood a tratar do estupro de uma maneira tão forte e séria. Uma mulher de classe baixa e de má reputação, uma noite num bar é estuprada por vários homens bêbados. Uma promotora fica com o caso e passa a lutar para descobrir e condenar os culpados pelo crime. O julgamento segue, e a promotora consegue provar que, independentemente do fato de que a vítima estava flertando com os acusados, eles deveriam ser condenados. De acordo com os créditos finais do filme, datado de 1988, “nos EUA, um estupro acontece a cada seis minutos. De quatro vítimas, uma é atacada por duas ou mais pessoas”.

A VIDA É BELA (Roberto Benigni). Na Itália dos anos 40, Guido é levado para um campo de concentração nazista e tem que usar sua imaginação para fazer seu pequeno filho acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê-lo do terror e da violência que os cercam. Ambientada na dura realidade da Segunda Guerra Mundial, é uma comovente fábula Chapliniana de amor e fantasia, que conta a história de um homem que usou a imaginação e seu infatigável espírito para salvar aqueles a quem mais amava.

A TROCA (Clint Eastwood). Baseado em uma história real, o filme conta a história de Christine Collins, uma mãe solteira extremamente dedicada que, num dia de 1928, se depara com o misterioso desaparecimento do seu filho Walter, de 9 anos. Após meses de buscas intensas, finalmente a polícia encontra o garoto. Mas quando Christine se encontra com a criança, imediatamente percebe que o menino que a polícia lhe apresenta não é o seu filho. A partir de então, ela luta para convencer a polícia a continuar as buscas, enfrentando a truculência e a corrupção policial e tornando-se uma heroína para a sociedade da época.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012


A REVOLUÇÃO DOS BICHOS (John Stephenson). Numa alegoria à corrupção do poder na União Soviética comandada por seu líder, Josef Stalin, o escritor George Orwell escreveu “A Revolução dos Bichos”. Considerada um best seller, a obra narra a história do fazendeiro Jones, um homem beberrão e cruel que explora seus animais. Revoltados com seu proprietário, eles se organizam e o expulsam do seu lar. De posse da terra, os bichos passam a controlar o lugar, decretando uma série de novas regras. Mas na busca de uma sociedade ideal se vêem traídos pela opressiva atuação dos novos dirigentes.

A ONDA (Dennis Gansel). Filme de 2008, sendo uma adaptação do clássico de 1981.  Rainer Wegner, professor de ensino médio, deve ensinar seus alunos sobre autocracia. Devido ao desinteresse deles, propõe um experimento que explique na prática os mecanismos do fascismo e do poder. Wegner se denomina o líder daquele grupo, escolhe o lema “força pela disciplina” e dá ao movimento o nome de A Onda. Em pouco tempo, os alunos começam a propagar o poder da unidade e ameaçar os outros. Quando o jogo fica sério e se transforma em violência, Wegner decide interrompê-lo. Mas é tarde demais, e A Onda já saiu de seu controle. 

A ONDA (Alex Grasshoff). Filme de 1981 que conta uma história baseada em uma experiência real feita numa escola de ensino médio em Palo Alto, Califórnia/EUA, em abril de 1967. O filme tem início com o professor de História Burt Ross explicando aos seus alunos a atmosfera da Alemanha em 1930, a ascensão e o genocídio praticado pelos nazistas. Questionado sobre como o povo alemão permitiu que tal absurdo acontecesse, o professor inicia uma arriscada experiência pedagógica que consiste em reproduzir na sala de aula alguns clichês do nazismo: usariam o slogan “Poder, Disciplina e Superioridade”, bem como um símbolo gráfico para representar “A Onda”. O professor Ross se declara o líder do movimento “A Onda”, exorta a disciplina e faz valer o poder superior do grupo sobre os indivíduos. A individualidade, característica da democracia, é considerada como uma desvantagem, valorizando-se, assim, a comunidade acima de qualquer coisa ou pessoa. Os estudantes o obedecem cegamente e a escola inteira é envolvida no fanatismo desse movimento, até que um casal de alunos mais consciente alerta ao professor que a experiência perdeu o controle e passou a afetar a realidade cotidiana da escola. Trata-se de um excelente filme sobre o irracionalismo de certos grupos e o poder doutrinário de movimentos ideológicos, políticos ou religiosos. O uso de slogans, palavras de ordem e a adoração a um suposto “grande líder” se repetem na história da humanidade, arregimentando jovens desavisados para lutas ideológicas, fundamentalistas e terroristas, e mostrando que o fascismo ainda não desapareceu de nosso mundo. Aos educadores, é imprescindível trabalhar junto com os alunos, desde cedo, a ética da tolerância, do respeito à diversidade cultural e da valorização das diferenças.

A LISTA DE SCHINDLER (Steven Spielberg). Conta a história real e emocionante do empresário alemão Oskar Schindler, membro do partido nazista e bom vivant que lucrava com a guerra, mas que, num gesto humanitário de extrema ousadia, salvou a vida de 1.100 judeus, ao mesmo tempo em que contava com o apoio dos nazistas. Aparentando desinteresse pela política e fingindo explorar o baixo custo da mão-de-obra judia, o que Schindler fazia era arregimentar judeus para sua empresa, que de outra forma morreriam nos campos de concentração. É o triunfo de um homem que fez a diferença e o drama daqueles que sobreviveram a um dos mais negros capítulos da história da humanidade graças ao que ele fez.

A HISTÓRIA DE UM MASSACRE (Roger Spottiswoode). Ruanda é um pequeno país da África Central. Por muitos anos, seus 10 milhões de habitantes se enxergaram como um só povo. Em 1916, a Bélgica colonizou Ruanda, implantando um sistema de carteiras de identidade separando a maioria Hutus da minoria Tutsis. Foram dadas aos Tutsis preferências na educação, trabalho e poder. Em 1959, quando Ruanda ganhou sua independência, os Hutus se rebelaram e tomaram o governo, deportando e matando os Tutsis. Em 1990, uma rebelião multi-étnica comandada pelos Tutsis invadiu Ruanda. As tropas francesas intervieram. A invasão acabou quando ambas as partes assinaram um Tratado de Paz em 1993. Um Tratado em que a ONU foi enviada para preservá-lo. O filme conta o testemunho do general canadense Roméo Dallaire, enviado da ONU para comandar a missão de preservação da paz em Ruanda, que não deveria tomar partido, mas apenas garantir que as negociações entre os partidos políticos de Ruanda se dessem em clima de paz. Entretanto, o que ocorreu foi um conflito étnico que se transformou em um dos maiores genocídios da história. O mundo virou as costas para Ruanda e as Forças de Paz da ONU receberam ordem para deixar o país. O general Dallaire, entretanto, sensibilizado pelo sofrimento da população, apelou para a desobediência e decidiu permanecer em Ruanda. Juntamente com uma equipe de 454 voluntários, integrantes das Forças de Paz da ONU, pacificadores de mais de 20 nações, ajudou a salvar 32 mil ruandeses que seriam assassinados na guerra. Roméo Dallaire foi nomeado para o Senado canadense em 2005 e hoje trabalha incansavelmente contra o uso de crianças como soldados e pela prevenção de genocídios. 

A HISTÓRIA DAS COISAS (Louis Fox). Você já se perguntou de onde vêm e para onde vão as coisas que consumimos? Até quando vai existir matéria-prima? “A História das Coisas” é um documentário curto sobre o processo de exploração dos recursos naturais, passando pela manufatura, a compra e o descarte, até chegar ao lixão. Trata-se de um documentário inovador, que utiliza uma linguagem simples e elementos de animação para exemplificar o processo de destruição do nosso planeta. Critica nossos hábitos consumistas e alerta sobre a necessidade de transformar o processo de produção de linear para circular (sustentável).

terça-feira, 30 de outubro de 2012


A CORRENTE DO BEM (Mimi Leder). Apenas imagine: você faz um favor que realmente ajuda alguém e diz para ele ou ela não pagar de volta, mas passar adiante para três pessoas que, em troca, devem pagar para mais três, sem parar nunca a abundância global de generosidade e decência. Impossível? O estudante ginasial Trevor McKinney está disposto a provar que isso é possível e inicia uma reação em cadeia de bondade para o seu projeto de Estudos Sociais. 

A CASA DOS MORTOS (Débora Diniz). Documentário de Débora Diniz sobre a morte em vida dos que estão abandonados e esquecidos em manicômios judiciários. Mortos fisicamente pelas condições desumanas a que são submetidos. Defuntos sociais: quando conseguem sobreviver lá dentro, perdem qualquer vínculo com o mundo exterior. O filme mostra a triste realidade dos hospitais-presídios, instituições híbridas que sentenciam a loucura à prisão perpétua. Considerados perigosos para a vida social e sem nenhuma perspectiva de recuperação, principalmente por falta de apoio do Estado, da família e da sociedade, os internos têm como destino a tragédia do suicídio, o ciclo vicioso e interminável de internações ou a sobrevivência em prisão perpétua. São seres humanos que necessitam de cuidados e que nos mostram o fracasso do Estado e da Sociedade em atendê-los, recuperá-los e ressocializá-los.