quinta-feira, 14 de novembro de 2013

PEQUENA MISS SUNSHINE (Jonathan Dayton / Valerie Faris). O filme conta a história de uma família de classe média norte-americana, desestruturada e em crise. Richard é o pai dessa família. Ele se considera um guru de auto-ajuda. Escreveu um livro com nove passos para quem deseja alcançar o tão sonhado “sucesso americano”, embora ele mesmo seja um “perdedor” para os moldes de seu país. Ele sonha em conseguir publicar o livro, ficar famoso e ser convidado para palestras e seminários importantes. Mas nem mesmo sua própria mulher acredita muito em seu talento. Seu pai é um velho desagradável e viciado em heroína, que foi expulso do asilo. Ele tem a mania de fazer comentários indecentes e inconvenientes nas horas mais impróprias. Seu cunhado é um professor universitário de filosofia, deprimido e gay, que acaba de tentar o suicídio após ser abandonado pelo amante. Seu filho mais velho é obcecado pela obra de Nietszche e sonha em ser piloto de avião. Ele fez um voto de silêncio até conseguir realizar o sonho. Sua filha é uma pré-adolescente gordinha, de óculos e desengonçada, que é obcecada por concursos de beleza infantis. Quando a menina consegue ser classificada para disputar o concurso “Pequena Miss Sunshine”, na Califórnia, a família se vê na obrigação de viajarem todos juntos para acompanhá-la. A bordo de uma velha Kombi amarela, eles fazem uma viagem de três conturbados dias, cheios de surpresas e incidentes que irão, finalmente, unir a todos. O filme é uma bem-humorada crítica ao “american way of life”, à competitividade, à obsessão pelo sucesso e ao repúdio aos “losers” que caracteriza os costumes americanos, onde nem as crianças são poupadas. Desperta, assim, uma boa reflexão sobre como esses elementos têm influenciado a estrutura familiar e sobre a necessidade de aprender a conviver com o diferente. 

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