ENTRE OS MUROS DA PRISÃO (Christian Faure). O filme conta a história real de Yves Treguier, um
órfão de 14 anos na França dos anos 30 que já passou por várias casas de
correção durante a infância. Assim que ele se vê em uma dessas “escolas”,
prédios austeros cercados por altos muros, Yves, o rei da fuga e terno
sonhador, tem apenas uma idéia em sua mente: fugir para o porto e pegar um
navio para Nova York. O filme aborda o descaso com que eram tratados os órfãos
da Primeira Guerra Mundial. Sem qualquer tipo de proteção e tidos como
criminosos em potencial, o Estado os mandava para escolas que mais se
assemelhavam a prisões, onde eram tratados como lixo humano. Dessa forma, a
sociedade brutalizava os filhos daqueles que ela enviou para o extermínio na
guerra. O filme deixa a mensagem de que crianças não nascem criminosas e, se
têm algum problema, precisam de assistência e proteção, não de uma colônia
penal. Os Centros de Educação Vigiada representados no filme só foram
definitivamente fechados em 1979. Yves
Treguier se tornou escritor com o pseudônimo Auguste Le Breton.
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